quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Samba é Alento

Carlos Ferreira

Começa o samba e vejo uma mulher afastada
O som do surdo dá a cadência e a marcação
E começa a chegar à apinhada multidão
Rompe a madrugada
Faz bater mais forte um amargurado coração
Uma mulher abandonada
Chora copiosamente e reclama da solidão
Busca no samba uma saída
Luta para esquecer o seu amor e a triste partida
A noite não é mais fantasia
Sente-se sozinha não tem mais alegria
As promessas de amor incondicional
Deram lugar a um adeus formal
O samba termina
A forte mulher volta a ser menina
Toda agonia e sofrimento
Foram amenizados pelo samba, seu único alento


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