Bem vindo ao Blog Nossas Prosas!! Este blog será alimentado, redigido e comentado pelo Analista de Sistemas Carlos Ferreira e pelo Publicitário Tiago Trindade. Dois amigos fascinados por literatura, poesia, arte, música, futebol, política (por que não?),e outros temas que nos rodeiam todos os dias. Aqui vamos postar, idéias, letras de música, textos, títulos, estórias, histórias, causos, contos e tudo que vier na cabeça. Boa Leitura!!!
domingo, 22 de novembro de 2009
Entre o samba e o funk
Conversando dois amigos sobre cultura chegamos a mesma conclusão: que os movimentos culturais que conhecemos, pelo menos no que diz respeito a música, têm origem popular. Mais do que isso, em sua maioria nasceram entre os negros escravizados pelas as Américas. Haja vista, o samba, o forró, o baião, o coco, a embolada, o calango, o afoxé, o moçambique, as congadas, a marujada, o maracatu entre outros (só para ficar com os exemplos brasileiros, pois poderia me referir ao jazz, ao blues e ao rock, ao rap entre os norte americanos). São manifestações culturais que mesmo na sua simplicidade, não deixam de ser pulsantes, ricas simbolicamente, e esteticamente belas. Mas, atualmente, não sei se por algum preconceito meu, tenho dificuldade de enxergar essa mesma beleza em movimentos musicais populares como o funk, que não me agradam nem melodicamente, e nem poeticamente (as letras que me parecem muito apelativas).
Outro dia, ouvi umas vozes, que vinham da rua, cantarolando. Sai na varanda do prédio em que trabalho, na Praça Clovis Beviláqua, e avistei uma molecada de bobeira em plena terça-feira à tarde numa roda cantando e dançando um funk improvisado na voz e na palma da mão, por vezes batendo no peito para marcar com som mais grave. Essa cena me fez questionar a visão negativa que tenho desse ritmo originado nos morros cariocas por volta dos anos 90 e que vem ganhando espaço entre os jovens da periferia paulistana.
Por certo aqueles meninos, que ficam ali na região central, vistos com receio por parte da sociedade, reprimidos pela polícia, estigmatizados como marginais, estavam se manifestando culturalmente de forma semelhante aos sambistas paulistanos antigos, que faziam as batucadas com lata de graxa na praça da Sé. Esses sambistas, que muito admiro, e eram perseguidos pela polícia, chamados de vagabundos pelos moralistas, foram legítimos representantes da vanguarda cultural que nasce das camadas mais pobres da sociedade. Pergunto então, será que eu não tenho a sensibilidade para compreender o funk, ou se o que se produz hoje em termos populares não tem nada haver com a cultura de origem popular mais antiga?
Olha, esse assunto da pano pra manga, mas vou tentar resumir meu ponto de vista comparando o funk com o samba, que conheço um pouco mais do que outras culturas populares. Para mim, o Funk não partilha de alguns valores fundamentais do Samba. Como diz um amigo meu, a roda de samba tem preceito e fundamento. Existem elementos na roda que remetem a africanidade, desde a oralidade até o respeito aos mais velhos que transmitem a sua sabedoria. Quem é novo e pretende entrar numa roda, deve primeiro observá-la de fora, aprender e aos poucos ser reconhecido pelo grupo ganhando seu espaço. Além disso, o própria disposição das pessoas em forma de roda, tem grande significado. Numa roda todos se olham, todos se escutam, é um momento de partilha, onde o coletivo predomina sobre o individual. Admito que hoje em dia, essas rodas são cada vez mais raras, mas sem elas não existiria o Samba.
Não conheço muito o Funk, por isso devo ser corrigido por quem conhece. Mas até então o que eu via era uma estética muito mais parecida com o pop-rock, ou com a música eletrônica: palco, microfone e as caixas de som numa altura ensurdecedora (quando tem baile funk, o morro inteiro ouve, queira ou não). Também não há o mesmo tipo de partilha de uma roda, a relação é outra; é palco e platéia, típicas características de uma cultura de massa, onde um indivíduo, com status de celebridade comanda a platéia. Sei que temos shows de samba em palcos, mas nunca havia ouvido falar em roda de funk, até a última terça quando presenciei a cena na Praça Clóvis.
Fico com a pulga atrás da orelha... mas mesmo sendo ridículo tentar comparar o samba em termos de melhor ou pior em relação ao funk, particularmente, eu acho o samba muito mais interessante.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
A Noite
Como diz um amigo meu, "quando ouço estes sambas dá vontade de ficar na rua o dia inteiro".
Ele tem razão. Mas como nossa atual realidade não nos permite tal desfrute, vamos reverenciar a noite que tanto nos inspira.
Ouvindo o samba (Madrugada) do grande sambista Zé Ketti, me veio a inspiração, e brotou junto com Carlos Ferreira parceiro de vida, de samba, blog e poesia esta letra intitulada de "A Noite".
Vejam abaixo as letras as quais me refiro.
A Noite (Tiago Trindade / Carlos Ferreira)
A noite tem inspiração,
Tem samba, choro e poesia.
A noite tem mais coração,
Quem samba, tem mais alegria.
A noite tem violão,
Sem samba, vem a melancolia.
A noite faço minha oração,
Vem do samba essa nossa folia.
A noite não tem solidão,
Além do samba eu encontro a magia.
Açoite, clausura ou prisão,
Sem o samba não sei o que seria.
Madrugada (Zé Keti)
A mulher só vive a reclamar
Que eu não tenho hora pra chegar
Sou bohemio, tenho que beber
Nunca estou em casa pra jantar
Ela diz que qualquer dia vou morrer
Sou da noite, a noite é toda minha
Tenho um compromisso com a lua
Minha vida é andar na boa
A cantar para os amigos meus
Na esquina ou no botequim
A deus nosso senhor lembrar de mim
Madrugada é a minha companheira
manhece eu estou na brincadeira
Vou pra casa, vou dormir, vou descansar
A noite chega, me pede pra voltar
Salve a Boemia!!
Salve Zé Keti!!
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Despejo no Capão Redondo
Uma mistura de sentimentos me vieram nesta última segunda-feira vendo as cenas de guerra civil em um ação de despejo em um bairro pobre de São Paulo, o Capão Redondo.
Com certeza fruto de erros, lá no topo da pirâmide, seja do governo, seja da empresa dona do terreno. O negócio é o povo sempre acaba pagando o pato, ou como diz meu parceiro de blog Carlos Ferreira, nem pra pagar o pato o povo tem dinheiro.
Como este blog não tem o propósito de denúncias ou protestos, vamos fazê-lo em forma de música ou poesia.
Abaixo um samba de Adoniran Barbosa, que em plena decada de 80, já denunciava tal situação, mais de 20 nos depois, nada mudou.
Mais abaixo ainda, uma letra de minha autoria, também com a intenção de retratar e registrar tal acontecimento.
Despejo na Favela (Adoniran Barbosa)
Quando o oficial de justiça chegou
Lá na favela
E contra o seu desejo
Entregou pra seu Narciso
Um aviso, uma ordem de despejo
Assinada "Seu Doutor"
Assim dizia a petição:
"Dentro de dez dias quero a favela vazia
E os barracos todos no chão"
É uma ordem superior
ô, ô, ô, ô, meu senhor
É uma ordem superior
Não tem nada não, seu doutor
Não tem nada não
Amanhã mesmo vou deixar meu barracão
Não tem nada não
Vou sair daqui
Pra não ouvir o ronco do trator
Pra mim não tem problema
Em qualquer canto eu me arrume
De qualquer jeito eu me ajeito
Depois, o que eu tenho é tão pouco
Minha mudança é tão pequena
Que cabe no bolso de trás
Mas essa gente aí
Como é que faz?
ô, ô, ô, ô, meu senhor
Essa gente aí
Como é que faz?
Triste manhã (Tiago Trindade)
Triste manhã,
No meu barraco tudo é tristeza
Ao despertar ouvi o ronco do trator,
Causando tamanha dor, lá se foi minha riqueza
A lei do homem quase sempre não entende
Como é que esse povo inocente se defende?
Da construção de palacetes triunfais
Que com o tempo não se ouve mais
O grito aflito da favela
Nem todo ouro, toda prata e rubi
É capaz de me excluir, desta que é minha verdade
O que essa gente precisa refletir
É que a favela está aqui sem causar mal a cidade
E quem quiser provar que venha aqui
Só não derrube meu barraco
Que é minha felicidade
Salve a Favela!!
Tiago Trindade
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
E agora José?
Quem nunca sentiu-se como um "José"?
E agora José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Leia, imagine,pense,sinta...
as nuvens
Carlos Ferreira
quarta-feira, 1 de julho de 2009
PEDRO PEDREIRO
Às vezes somos felizes apenas com o que temos e não sei por que razão queremos sempre mais e mais.
Esta letra do Chico Buarque traduz um pouco a sangria desatada que vivemos atualmente. A música foi composta em 1965.
Pedro Pedreiro (Chico Buarque de Holanda)
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando
Assim pensando o tempo passa
E a gente vai ficanto pra trás
Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando o aumento
Desde o ano passado
Para o mês que vem
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro espera o carnaval
E a sorte grande do bilhete pela federal
Todo mês
Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando o aumento
Para o mês que vem
Esperando a festa
Esperando a sorte
E a mulher de Pedro
Está esperando um filho
Pra esperar também
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã, parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem
De quem não tem vintém
Pedro pedreiro esta esperando a morte
Ou esperando o dia de voltar pro norte
Pedro nã sabe mas talvez no fundo
Espera alguma coisa coisa mais linda que o mundo
Maior do que o mar
Mas pra que sonhar
Se dá o desespero de esperar demais
Pedro pedreiro quer voltar atrás
Quer ser pedreiro pobre e nada mais
Sem ficar esperando, esperando, esperando
Esperando o sol
Esperando o trem
Esperando o aumento para o mês que vem
Esperando um filho pra esperar também,
Esperando a festa
Esperando a sorte
Esperando a morte
Esperando o norte
Esperando o dia de esperar ninguém
Esperando enfim nada mais além
Da esperança aflita, bendita, infinita
Do apito do trem
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem
Que já vem, que já vem, que já vem...
Tiago Trindade
LEIO
Esta letra abaixo na verdade é um rap e foi composto pelo Fábio Azeredo, um parceiro que conheci neste fantástico mundo do samba, que a cada dia nos surpreende, com a quantidade de talentos que andam escondidos por ai.
Reparem na escrita intrigante e no convite que nos é feito para adentrar ao mundo da leitura.
Valeu Fábio!!
LEIO (Fábio Azeredo)
Do conhecimento Provo não me Privo
Me torno mais Livre a cada Livro
Me livro do pensamento mais fútil
Da cultura inútil que vaza pelo crivo
Das três peneiras e envenena a mente
Nos prendendo as correntes da ignorância eterna
Desse falso mundo de mentira e ilusão
Como descrevia Platão no “mito da caverna”
Leio, porém não freio minhas idéias
O verso é meu meio de criar epopéias
Como o poeta concretista já descreve
“Arte longa vida breve”, “escravo se não escreve”
Aquele que não se atreve, jamais progride
Poesia ousada que agrada e agride
Duvide busque o caminho por si próprio
Na visão aumentada como de um telescópio
Não é ópio, nem utopia ou devaneio
É real conhecimento e é por isso que eu leio
Não me sacio, por mais anseio, textos saboreio
Conheço novos mundos pelos quais vagueio
Leio, do verso épico ao lírico
Do conhecimento abstrato ao empírico
Busco o novo em meio à névoa da banalidade
Tenho a meu favor a curiosidade
Na poesia encontro idéias novas,
Das trevas ás trovas, antes preso hoje prosas
Leio, para não ficar alheio ao mundo que nos rodeia
para não cair na teia da retórica,
Herança histórica, muito usada hoje em dia,
Por quem detém o poder nessa desleal democracia,
Por discordar desde estado é que eu estudo
Por discordar deste modo é que eu mudo
Usando o conteúdo como arma e escudo
O conhecimento sendo a chave de tudo
Não me iludo com coisas que por ai escuto
Não me engano com embalagem do produto
Desfruto do fruto que agora semeio,
Pois, cada rima que faço é mais um livro que leio
Tiago Trindade
terça-feira, 23 de junho de 2009
A menina do atelier
Encantava a todos
Com seu jeito de ser
Sempre alegre e simpática
Era uma artista nata
Criativa e prática
Em seus quadros muita sutileza
Com toques de ousadia
Mantendo na arte toda a sua fantasia
Mas atrás da arte
Havia um segredo, que ela escondia
O amor por um homem que lhe ensinou tudo que sabia
Ele havia ido embora sem dar satisfação
Mas vê-lo adentrar o atelier fez disparar seu coração
A chama da saudade
Era a única claridade que se via em meio a escuridão
Onde o suor e arte fizeram renascer uma grande paixão
Carlos Ferreira
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Metrópole
Para todos que vivem numa metrópole, uma reflexão simples...
Metrópole confusa
de muita mistura
no prato de poucos
de muito dinheiro
no bolso de outros
de carro importado
ao mendigo do lado
de grandes edifícios
a pequenos cortiços
de avenidas iluminadas
a ruas apagadas
de quem trabalha pra comer
aos que roubam pra enriquecer
do político ladrão
ao honesto cidadão
dos que chegam do Brasil inteiro
pra fugir do desespero
aos que partem para o estrangeiro
em busca do dinheiro
dos que aguardam por uma mudança
aos que já perderam a esperança
Carlos Ferreira
Nossas Prosas
Nossas prosas são nossas
Nossas prosas são atuais
Nossas prosas são finas
Nossas prosas são raras
Nossas prosas são caras
Nossas prosas são belas
Nossas prosas são boas
Nossas prosas são tolas
Nossas prosas são ricas
Nossas prosas são completas
Nossas prosas não são muitas
São apenas prosas
Mas são nossas
Nossas Prosas.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
História de um antigo carnaval
Naquele carnaval entramos na avenida
Pensando em fazer o melhor pela nossa escola querida
A preparação não tinha sido a melhor
Alguns até comentavam com dó
Dois dias antes ,um acidente arrasou o barracão
Deixando todos preocupados com a situação
Apesar dos pesares
Todos sabiam que se tratava de uma escola guerreira
Que sempre brilhou entre as primeiras
Toda tradição seria colocada a prova
Naquela noite, naquela hora...
E ela passou, bela e majestosa...
Recebendo aplausos da arquibancada
Que de pé se emocionava com a passagem da Velha Guarda
Na apuração, poucos pontos em fantasia
Mas muitos em harmonia , e no samba
Que foi cantado por todos com muita alegria
Mesmo assim a apreensão imperava
Mas logo foi controlada com a abertura dos envelopes
E o resultado final : 3º colocada
Uma explosão de felicidade se espalhou por toda a cidade...
Chegando a quadra que já estava tomada por gente de todas as idades
A festa durou a noite inteira
E todos comemoraram pois se manteve entre as primeiras
Carlos Ferreira
terça-feira, 12 de maio de 2009
SIM PODEMOS!!
Na minha opinião um texto pertinente, e que "infelizmente" seu conteúdo sempre será atual.
Sim Podemos!!!
No próximo dia 20 de novembro, comemoraremos o dia da consciência negra, feriado, não em todo o país, mas em alguns municípios.
É dia de relembrar a morte de um grande líder, Zumbi dos Palmares morto em 20 de novembro de 1695, na luta pela liberdade dos negros.
Para muitos é um feriado sem razão, mas mesmo assim comemoram e aproveitam a data para descansar ou viajar, afinal é feriado, e não querem saber quem é o defunto, querem é chorar.
Dia 02 de novembro dia de finados, outro feriado, e o inglês Lewis Hamilton tornou-se o primeiro piloto negro a sagrar-se campeão da principal categoria do automobilismo, a Fórmula 1. Mais uma vez para muitos, nada demais.
Dia 04 de novembro dia das eleições do principal país do mundo, os Estados Unidos, quase feriado, pois todos os olhos se voltaram para tal acontecimento.
Na disputa pela cadeira da Casa Branca, John Mccain, republicano, e Barack Obama, o símbolo da mudança, candidato democrata, filho de mãe branca e de pai negro.
Com a maioria dos votos dos principais estados americanos e apoiado pelos negros que totalizam quase 12 % da população norte americana, Obama tornou-se o primeiro presidente negro da maior potência mundial, os Estados Unidos. Para muitos, nada demais.
Este texto, que escrevo, não tem a intenção de diferenciar estes cidadãos que chegaram a seus objetivos através de muito esforço e dedicação por serem negros.
Minha única intenção é relembrar e celebrar cidadãos negros, que driblaram qualquer tipo de dificuldade, eu disse qualquer tipo, não só a do preconceito, e chegaram ao seu devido lugar, sem se sentirem diferentes ou inferiores por terem a pele mais escura.
Na Atualidade temos Obama e Hamilton, mas se formos um pouco mais atrás, lembraremos de quem chegou ao topo e não só fez seu papel com competência, mas se tornou o melhor naquilo que fez.
O maior guitarrista de todos os tempos, Jimi Hendrix, o maior jogador de golfe, Tiger Woods, o Rei do futebol, Edson Arantes do Nascimento (Pelé), o maior jogador de basquete, Michael Jordan. Isso sem citar, Nelson Mandela, Martin Luther King, Malcom X, Ray Charles, Mike Tyson e Muhammad Ali o rei do Boxe, e outros que se formos citar não caberá neste texto.
Concluo este pensamento, na esperança que Obama não represente apenas a mudança na politica mundial, mas principalmente no modo de pensar do povo que sempre lutou pela sua liberdade,mas até hoje se acomoda com a diferença que muitas vezes lhe é imposta.
Quando todos pensarem que você não é nada demais, assim como os citados acima, mostre, lute e nunca esqueça a frase que Obama ao ser eleito disse à todos:
Sim Podemos!!!!
NEGRO ACORDA É HORA DE ACORDAR, NÃO NEGUE A RAÇA, TORNE TODA MANHÃ DIA DE GRAÇA, NEGRO NÃO SE HUMILHE, NEM HUMILHE A NINGUÉM, TODAS AS RAÇAS JÁ FORAM ESCRAVAS TAMBÉM
“Antonio Candeia Filho”
Texto de Tiago Trindade Rodrigues, 24 anos, negro, publicitário, sambista, escritor e compositor nas horas vagas.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Loucura
Pode estar a cura que você procura
Pra sanar sua loucura
Encare-a de frente
Surprende-a com a sua mente
Com uma atitude não pensada
Que pode até não dizer nada
Pois o nada tem sua representatividade
Pode ser o início de um entendimento interior
De algo que estava perdido e sem significado
Pode ser que ela escape pela válvula sem você perceber
Pode ser que ela te acompanhe por muito tempo pra melhor te conhecer
Pode ser que lhe teste pra ver o seu limite, até onde pode chegar
Vai falar, vai gritar
Vai sonhar, vai amar
E ela ainda estará por lá
Talvez sem ela você não consiga viver
Ou até mesmo ser você!
Carlos Ferreira
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Sonhos de um aprendiz
Escreve o aprendiz
Tudo o que sente
Tudo o que vê
Assim trabalha sua mente
Sonha em ser poeta
E um dia
Encantar a todos com maestria
Sonha com suas poesias
Tocando a alma e o coração
Dos que sofrem
Por não ter uma paixão
Sonha com suas poesias
Mostrando, pra quem não acredita
Que a vida é cheia de sonhos e que como você
Um dia, dormiu aprendiz
E acordou um poeta feliz
Carlos Ferreira
terça-feira, 5 de maio de 2009
Poesia Informal
Também não faço só canções de amor
A vida é que me mostra o caminho
Pra que eu faça belos sambas e não me sinta sozinho
Lindas melodias me fazem feliz
Alegram meu dia, me fazem cantar...
Recordações de um subconsciente
Que me faz escrever um simples samba, de repente...
Carlos Ferreira
Madrugada
Madrugada abstrata
Mente vaga e arrepios
As flores exalam sentimentos
Angústia,paixão,saudade...
A intensidade depende da sensibilidade
Madrugada do medo
Almas geladas, crianças drogadas e jogadas
A história é sempre a mesma,nada...
E o único socorro é o pronto
Que de pronto não tem nada...
Madrugada misteriosa
A lua cheia traz o desengano
Mas também traz a esperança
Como o belo sorriso da criança
Que dorme aguardando o amanhecer
Que teima em não aparecer...
Madrugada da alegria
O astro rei que irradia e anuncia o novo dia
Também agradece,
Nosso Deus que nos ilumina
E nos protege a cada prece.
Carlos Ferreira
Propaganda ame-a ou deixe-a!
Fuvest, Unicamp, Puc, Mackenzie, hoje nos vestibulares das maiores Universidades de São paulo e do Brasil, um curso se destaca por seu grande crescimento no gosto dos vestibulandos em pouco tempo, é o curso de Publicidade e Propaganda, o famoso PP.
Quando o aluno está no 2º ano do ensino médio, pinta aquela dúvida do que ele irá fazer, de qual será sua profissão.
Muitos estudantes, por terem afinidades com números e cálculos escolhem a área de exatas, são cursos como, Ciências da Computação, Economia, Administração, Estatística, Química e outros mais, que cá entre nós, o pessoal tem que gostar muito disto, pois decorar fórmulas e mais fórmulas, convenhamos não é uma coisa muito fácil.
Pois bem, nesta fase encontramos também os "perdidos". Perdidos são aqueles que em plena adolescência no auge dos seus 18, 19 anos ainda não escolheram o que serão da vida, ainda estão na fase da curtição e não querem saber de nada. Só que chega uma hora que a coisa aperta e geralmente ou o pai ou a mãe os obrigam a escolher, se não uma profissão ao menos algum curso em alguma faculdade.
Ai é a hora que a coisa pega, e é nesta hora que o rapaz que nunca fez nada na escola, nunca pensou em nada relacionado a sua profissão, decide, vou ser Publicitário.
Mas por quê Publicitário?
Bom, na mente deles, publicitário, não mexe com cálculos, se veste de um modo diferente, e frequenta festas e mais festas.
Mal sabem que existe um outro lado da moeda.
Nestes quatro anos de profissão, percebi que a propaganda é uma profissão que precisa ser amada, como diz Nisan Guanaes Presidente da África, o publicitário, assim como outros profissionais, precisa acordar na segunda -feira com amor e vontade de ir trabalhar, pois é uma profissão que você deve amar para exercê-la com sucesso.
Portanto você precisa estar pronto para chegar em casa as 2 da manhã e acordar as 3 quando for preciso, você precisa saber que em pleno domingão você estará assistindo ao jogo do seu time deitadão no sofá e seu chefe irá te ligar pra aprovar aquela campanha que está a um mês parada na mesa do cliente.
Ah e tem mais, publicitário quando pensa que não está trabalhando, está.
Por exemplo, um cara de mídia vive andando pelas ruas procurando novos espaços para inserir aquele painel com formato especial que o cliente tanto sonha, o diretor de arte, vive procurando referências, e quando vê um anuncio vai procurar quem fez para procurar fazer melhor, o redator na segunda de manhã conta os minutos para ver o novo outdoor da Veja e a Capa do Lance, pra dizer que com certeza teria uma idéia melhor.
E é isso você vai se acostumar, escovar os dentes e observar o novo layout da Close-up, tomar café e ver a nova promoção do Nescau.
Resumindo esta profissão não é pra qualquer um, e apesar de estar na moda, considero uma das mais complexas e apaixonantes profissões existentes no mercado de trabalho.
Se você gostar disso terá sucesso, agora, se não for a sua, não se deixe influenciar por festinhas, roupas e cabelos estravagantes, pois dentro da profissão nem tudo, ou quase nada, é um mar de rosas.
Isto me faz lembrar uma grande campanha do governo, se referindo a fase do Brasil na época da ditadura que era: Brasil , ame ou deixe-o! Propaganda ame-a ou deixe-a!
Tiago Trindade
Sonho
Sonho com um lugar onde as pessoas não apertem o passo ao me enxergar.
Um lugar, onde os vidros dos carros não se fechem ao cruzar o meu.
Um lugar, onde minha pele não influencie no atendimento a mim prestado.
Talvez eu esteja pedindo muito, talvez eu esteja a procura de um lugar inexistente, com pessoas humanas, sensíveis e inteligentes.
Talvez eu fuja, talvez eu pule, para ir ao encontro deste lugar, talvez eu corra.
Pode não ser a melhor solução, pois no lugar onde moro, correr é risco de prisão.
Nossas Prosas!!!
Este blog será alimentado, redigido e comentado pelo Analista de Sistemas Carlos Ferreira e pelo Publicitário Tiago Trindade.
Dois amigos fascinados por literatura, poesia, arte, música, futebol, política (por que não?),e outros temas que nos rodeiam todos os dias.
Aqui vamos postar, idéias, letras de música, textos, títulos, estórias, histórias, causos, contos e tudo que vier na cabeça.
Esperamos que gostem e viajem junto conosco em nossas idéias, quem sabe elas nos levarão em algum lugar melhor que este que vivemos!!!
Boa Leitura!!!